Já está circulando por aí o dinheiro das contas inativas do FGTS, uma vez que o prazo para saque encerrou no dia 31 de julho. R$ 41,8 bilhões chegaram ao bolso dos consumidores e, apesar de os resultados ainda serem preliminares, há bons indícios de que esses recursos podem tirar um pouco do marasmo da atividade econômica.
O governo mapeou esses efeitos e relaciona alguns indicadores mais favoráveis à injeção de recursos do FGTS. Em estudo recente, o Ministério do Planejamento apontou um dado que joga a favor dos consumidores: 36% dos beneficiados privilegiaram o pagamento de dívidas.
É saudável que os consumidores usem uma renda extra ou inesperada para se livrar de pendências financeiras, mas esse número poderia ser muito maior em um universo de 61 milhões de brasileiros negativados.
O governo também enxerga melhora em alguns segmentos, como o de veículos e eletrônicos, o que indica que a outra parte desses brasileiros preferiu o consumo ao equilíbrio financeiro.
E o que mais vem pela frente neste ano com potencial de afetar o seu bolso? Chegou um aumento de impostos nos combustíveis que não estava no radar até pouco tempo.
É difícil escapar desse tipo de taxação. Se gasolina, diesel e álcool ficam mais caros, mesmo quem não tem carro vai sentir esse impacto na veia. O transporte em geral não escapa do reajuste dos combustíveis e fica mais caro. O que pode acontecer em seguida também é uma efeito cascata de encarecimento porque uma ampla gama de produtos e serviços tem o transporte como um de seus custos de maior impacto.
Isso significa que, para seguir rumo à reta final do ano mantendo a rédea dos gastos, considere que você deve sentir um peso a mais nos gastos de primeira necessidade a partir de agora.
O jeito mais saudável de manter o equilíbrio em situações como essa é compensar a alta de custos de determinados itens com o corte de outras despesas que não sejam essenciais. Cortando aqui e ali, o orçamento tem mais chances de conseguir dar conta de tudo.
Autoria do artigo: Guia Bolso